A Microsoft recebeu recentemente críticas do presidente do Banco Mundial, David Malpass, sobre a aquisição da Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões. O presidente do Banco Mundial e ex-economista chefe do Bear Stearns questionou se a compra da Microsoft foi a “melhor alocação de capital”. Em comentários feitos em um evento no Peterson Institute for International Economics (via Reuters), Malpass comparou os gastos da Microsoft com a quantidade de dinheiro que os países ricos se comprometeram a ajudar os países pobres.
A compra de US$ 68,7 bilhões da Activision Blizzard é significativamente maior do que os US$ 23,5 bilhões que os países ricos concordaram em doar nos próximos três anos para a Associação Internacional de Desenvolvimento do Banco Mundial. Com isso dito, vale a pena notar que a Microsoft é um negócio, não um país.
O argumento de Malpass não se baseia apenas no total de fundos da Microsoft gastos na aquisição da Activision Blizzard. O presidente do Banco Mundial destaca que os recursos gastos na compra da gigante do jogo vão em grande parte para o mercado de títulos, que não é acessível a alguns países mais pobres.
“Você tem que se perguntar: ‘Espere um minuto, esta é a melhor alocação de capital?'”, disse Malpass. “Isso vai para o mercado de títulos. Você sabe, uma grande quantidade de fluxos (de capital) está indo para o mercado de títulos.”
Ele então abordou o ciclo de feedback que essas alocações criam. “Isso leva você a uma situação em que uma enorme quantidade de capital está sendo alocada para partes do mundo já intensivas em capital – as economias avançadas – construindo cada vez mais em cima de infraestrutura e imóveis já construídos, por exemplo.”
Ele passou a esclarecer para onde achava que o dinheiro deveria estar indo. “Para lidar com o fluxo de refugiados, essa desnutrição que está acontecendo e assim por diante, tem que haver mais dinheiro e crescimento fluindo para os países em desenvolvimento”.
Embora a Microsoft não doe tanto dinheiro para países pobres e em desenvolvimento quanto gastará na aquisição da Activision Blizzard, a empresa doa mais de um bilhão de dólares em software e serviços todos os anos e doa regularmente para causas de caridade.
A Microsoft ainda não respondeu aos pedidos de comentários da mídia.
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