Há um novo relatório do Greenpeace que aponta que a Samsung Display e a Samsung Semiconductor não estão fazendo o necessário para reduzir ainda mais a pegada de carbono de suas cadeias de fornecimento. Segundo o relatório, a Samsung Display, que fornece painéis de exibição para quase todas as marcas populares de smartphones do mundo, obteve uma classificação C em 2022.
Embora tenha sido uma melhoria em relação à classificação D+ recebida em 2021, algumas pessoas afirmam que o progresso tem sido lento. Esta subsidiária da Samsung Electronics também fabrica painéis QD-OLED e Micro LED para laptops, monitores e TVs, mas ficou atrás da LG Display no novo relatório do Greenpeace (via SamMobile).
O relatório também apontou que nenhuma melhoria foi notada na classificação da Samsung Semiconductor, que recebeu uma classificação D+ para 2021 e 2022. Segundo o Greenpeace, a Samsung está ficando atrás de todos os seus principais concorrentes, incluindo Intel, SK Hynix e TSMC. Estima-se que a indústria de semicondutores emita cerca de 86 milhões de toneladas de equivalentes de CO2 em 2030.
Embora a Samsung tenha prometido se tornar neutra em carbono e utilizar 100% de energia renovável até 2050, esse compromisso não foi estendido à sua cadeia de fornecimento. No geral, o relatório do Greenpeace avaliou os esforços de descarbonização de 11 grandes nomes que fornecem componentes eletrônicos para grandes marcas, incluindo Apple, Google, Microsoft e Samsung.
A Greenpeace afirmou em um comunicado: “É encorajador ver que os fabricantes de eletrônicos estão finalmente reconhecendo a necessidade de ação climática, mas o progresso tem sido desigual e muito lento. O nível de ambição dos fabricantes de eletrônicos ainda está longe de ser suficiente para garantir que o aumento da temperatura média global permaneça dentro de 1,5 graus Celsius.”
E a Apple?
Lembra do evento Wonderlust da Apple em 12 de setembro? Aquele em que a gigante de Cupertino revelou a linha iPhone 15 e um monte de outras coisas bacanas. Nele, foi apresentado um breve episódio com a Mãe Terra – foi assim que a Apple mostrou o que tem feito ultimamente por uma tecnologia mais verde e menos poluente. No mesmo evento, a Apple anunciou duas opções de Apple Watch neutras em carbono para a Série 9 e o Ultra 2.
No entanto, esse esforço não convenceu a organização europeia de consumidores BEUC.
Monique Goyens, diretora-geral do BEUC, afirmou que as alegações de neutralidade em carbono são “cientificamente imprecisas e enganam os consumidores”. A UE também está planejando proibir alegações de “neutralidade em carbono”. Isso porque, no comunicado de imprensa da Apple, admite-se que a reivindicação dos dois modelos Apple Watch se baseia na utilização de créditos compensatórios. De acordo com o post, as emissões foram reduzidas de materiais, eletricidade e transporte. A pequena quantidade de emissões restantes, afirma a Apple, é compensada com créditos de carbono de alta qualidade.