Com tantos serviços habilitados para nuvem que permitem transmitir músicas, filmes e até mesmo jogos de praticamente qualquer dispositivo (ou navegador), por que não podemos fazer o mesmo com os sistemas operacionais? A Microsoft já se envolveu nessa incursão com o Windows 365, sua máquina virtual Windows baseada em nuvem voltada para empresas.
Com o Windows 365, cada usuário recebe sua própria máquina virtual personalizada do Windows hospedada no serviço Windows 365. Como é um serviço baseado em nuvem, cada máquina virtual do Windows pode ser acessada usando um navegador da Web ou um aplicativo em dispositivos Windows e Mac. Ainda mais flexibilidade é oferecida com suporte para dispositivos iOS/iPadOS e Android.
Então, e se a Microsoft estendesse os recursos que atualmente cobra para empresas por usuário e por mês para consumidores em geral? Isso é exatamente o que a empresa com sede em Redmond, Washington, está imaginando, de acordo com documentos internos. [PDF] tornado público graças ao FTC x Microsoft audiência em curso. Enquanto o processo judicial gira em torno da tentativa da FTC de bloquear a proposta de aquisição da Activision-Blizzard por US$ 68,7 bilhões, detalhes adicionais sobre as unidades de negócios da empresa também vieram à tona.
Conforme relatado pela primeira vez por The Verge, uma apresentação interna da Microsoft intitulada “Estratégias e prioridades da vida moderna” fala sobre a ambição da empresa de “capacitar as pessoas para aproveitar ao máximo seu tempo”. A Microsoft também fala sobre sua meta de atender mais de 1,5 bilhão de pessoas diariamente em suas plataformas de software.
A apresentação, datada de junho de 2022, também revela que um dos objetivos de longo prazo da Microsoft é usar a base criada com o Windows 365 para “permitir um sistema operacional Windows completo transmitido da nuvem para qualquer dispositivo”. Ao mudar o Windows para a nuvem, a Microsoft diz que aproveitará o “poder da nuvem e do cliente para permitir serviços aprimorados com inteligência artificial e roaming completo da experiência digital das pessoas”.
A ideia de um Windows totalmente “na nuvem” para os consumidores pode ter parecido absurda uma década atrás, mas a Microsoft já facilitou essa transição para seus clientes. O Office tem sido um dos grandes aplicativos de sustentação da Microsoft por décadas em ambientes corporativos e domésticos. Com o Office 365, a Microsoft passou de um aplicativo de software monolítico que tinha um novo lançamento a cada um ou dois anos para um modelo de software como serviço, no qual os clientes pagam uma assinatura mensal ou anual para acessar aplicativos do Office baseados em nuvem, como Word, Excel e PowerPoint.
Esse modelo de assinatura significa receita confiável e recorrente para a Microsoft em comparação com uma compra única que os clientes podem optar por manter por anos sem atualizar. A transição do Windows para esse modelo parecia inevitável para uma empresa grande e madura como a Microsoft, que sempre tem a tarefa de adotar maneiras inteligentes de aumentar a receita.
Talvez um dos primeiros passos no modelo de nuvem do Windows 11 da Microsoft seja o Windows 365 Boot. Esse recurso foi anunciado há um mês e permite que os usuários inicializem diretamente em uma instância de PC em nuvem baseada no Azure sem primeiro fazer login na instalação local do Windows 11. A inicialização do Windows 365 está atualmente disponível no Windows 11 22H2.
Em outra parte do slide, a Microsoft falou sobre seu desejo de fortalecer seus negócios de software Windows e hardware Surface, investindo pesadamente em parcerias de silício. A Microsoft já faz parceria com a Qualcomm em chips Arm personalizados para seus conversíveis Surface Pro X, e a empresa está recrutando ativamente engenheiros de projeto sênior para o “Microsoft Silicon Team”.