A Biren Technology, um designer chinês de GPU de IA, recebeu recentemente um investimento de ¥ 2 bilhões (aproximadamente US$ 280 milhões) de investidores apoiados pelo governo de Guangzhou, conforme relatado pela Bloomberg. Este investimento veio após a inclusão da empresa na Lista de Entidades do governo dos EUA há mais de um ano e as demissões como medidas de redução de custos. Com US$ 280 milhões, a empresa terá recursos suficientes para continuar operando.
Biren também está em negociações para obter financiamento adicional de Hong Kong e está considerando expandir sua presença regional. Agora que as empresas chinesas não podem mais obter processadores de IA de alto desempenho de empresas estrangeiras, os desenvolvedores locais, como a Biren, têm a oportunidade de prosperar, pois a demanda por seus chips por parte de empresas e provedores de serviços de nuvem chineses é praticamente garantida. Portanto, é provável que a empresa continue a receber investimentos de parceiros chineses. De fato, no início deste ano, a Biren considerou abrir o seu capital na bolsa de valores de Hong Kong.
A inclusão da Biren na Lista de Entidades do Departamento de Comércio dos EUA apresentou desafios significativos para a empresa, limitando o acesso da Biren às tecnologias de processo de ponta da TSMC. O principal desafio da Biren é garantir um fornecimento constante de suas GPUs de IA, possivelmente da fábrica SMIC com sede na China. Para fazer isso, a Biren precisa reconfigurar seu ASIC BR104 para a tecnologia de processo de 2ª geração de 7nm da SMIC ou desenvolver um novo chip a partir do zero. Enquanto isso, resta saber se um ASIC Biren fabricado pela SMIC será tão competitivo quanto o BR104 fabricado pela TSMC.
Célula de cabeçalho – Coluna 0 | BR104 de dois | BR100 de dois | Nvidia A100 | Nvidia H100 |
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Fator de forma | Cartão FHFL | Módulo OAM | SXM4 | SXM5 |
Contagem de transistores | ? | 77 bilhões | 54,2 bilhões | 80 bilhões |
Nó | N7 | N7 | N7 | 4N |
O contexto dos esforços de financiamento e expansão da Biren é parte de uma mudança significativa no setor tecnológico chinês. Grandes empresas, como a Baidu, estão recorrendo a fornecedores nacionais de chips de IA em resposta às crescentes restrições dos EUA ao acesso da China à tecnologia de semicondutores de última geração.
A Biren não está sozinha ao obter fundos adicionais de investidores chineses, tendo em vista as restrições dos EUA à indústria de semicondutores da China como um todo, e aos processadores de IA e HPC em particular. Outras startups chinesas na lista negra, como a Moore Threads, também estão ganhando força e investimentos, segundo a Bloomberg.