“O teletrabalho, acelerado pela pandemia, abriu novas perspectivas de cooperação. O trabalho em vários locais está se tornando uma forma de gerenciar as interações dentro da empresa.” (Foto: 123RF)
ESPECIALISTA CONVIDADO. Nossas organizações enfrentam muita turbulência.
Por exemplo: escassez de mão de obra, novas tecnologias, expectativas dos funcionários, complexidade das operações… Observo diversas transformações profundas em curso nas empresas para melhor responder a elas.
Apresento a vocês oito deles, que são oportunidades para evoluir. Eles dizem respeito:
1. A razão de ser | 2. Gestão | 3. Organização do trabalho | 4. Eficiência |
5. A marca empregadora | 6. A empresa | 7. Digitalização | 8. Experiência do cliente |
Vamos explorá-los.
1. Fundamentação: a transição para o sentido
As metas de desempenho financeiro geralmente não são o que melhor motiva os funcionários. Cada vez mais atribuem importância à contribuição da empresa para uma causa, um avanço, uma solução para os clientes e para a sociedade. Resumindo, encontrar significado no trabalho.
Ação: definir com o que contribuímos como organização; o que estamos fazendo que mobiliza nossas equipes. Que história temos para contar?
2. Gestão: a transição para o intraempreendedorismo
Existe um potencial de talento adormecido nas empresas. Muitos funcionários desejam tomar iniciativas. Isto levanta a questão: os processos de tomada de decisão da organização promovem iniciativa e agilidade?
Ação: esclarecer na nossa organização quem pode decidir o quê? E com quem? Isso reduz a tensão e libera uma bela energia.
3. Organização do trabalho: a mudança para funcionários multifuncionais
A abordagem “1 funcionário/1 cargo/1 descrição de cargo” é cada vez menos eficaz. A realidade é antes a multiplicidade e diversidade de colaborações para os funcionários. Há um interesse real em desenvolver uma hierarquia mais elástica que melhore a agilidade dos negócios e destaque melhor os talentos silenciosos na organização.
Ação: redefinir as possíveis contribuições dos funcionários em áreas diferentes da sua descrição habitual de trabalho. Isto operando através de múltiplas funções, em vez de uma única posição limitante.
4. Eficiência: a transição adaptada para o modo híbrido
O teletrabalho, acelerado pela pandemia, abriu novas perspectivas de cooperação. Mais do que uma questão de agenda, o trabalho multisite está se tornando uma forma de gerenciar as interações na empresa.
Ação: abrir uma discussão com os colaboradores sobre quais práticas implementar, baseadas na confiança, conciliando a flexibilidade de locais, horários, projetos e necessidades sociais.
5. Employer branding: a mudança para ser desejável
Tal como os produtos ou serviços, as organizações devem ser desejáveis; isto é, atraente. Gerenciar a notoriedade e a reputação como empregador está se tornando muito importante.
Ação: Identificar e destacar as três qualidades que tornam a nossa empresa desejável para os funcionários atuais e futuros.
6. Sociedade: a transição para o tripé da sustentabilidade
Tal como já acontece na Europa, o relatório financeiro anual da empresa terá em breve de ser acompanhado de um relatório social e de um relatório ambiental. As empresas não estão agora apenas ativas num determinado mercado, mas também fazem parte de uma época e de uma sociedade.
Ação: preparar-se já para este novo tipo de avaliação investindo nos nossos compromissos sociais e ambientais.
7. Digitalização: a mudança para a inteligência artificial
Tal como aconteceu com a Internet há 20 anos, o advento da inteligência artificial (IA) não é uma moda passageira. Diversas funções nas empresas já estão sendo abaladas e transformadas. Isso resulta em novas formas de trabalhar.
Ação: Crie um comitê multidepartamental, com especialistas externos, para explorar oportunidades de assistente de IA e ChatGPT.
8. Experiência do cliente: a transição para relacionamentos duradouros
Fazer negócios conosco é agradável e útil? As organizações podem desenvolver vários tipos de relacionamento com o cliente. Por exemplo: uma relação de parceria, uma relação automatizada; uma relação de apoio; uma relação de apego; uma relação que co-cria valor.
Ação: definir o tipo de relacionamento a estimular com nossos clientes e assim gerar fidelização e recorrência em receita.
Estas oito transformações trazem mudanças na cultura e na estrutura das empresas.
Quais são prioridades para você?
Desafio: sugiro que você discuta uma ou outra dessas oito transformações com seus colegas. Seja na próxima reunião da sua equipe de gestão ou no pensamento estratégico.
Além das ameaças, existem potenciais de desenvolvimento insuspeitados!
Desejo-lhe grandes inovações!
Meu próximo artigo abordará: como podemos formular direções estratégicas claras que mobilizem e integrem estas oito transformações?