A Intel anunciou em outubro que desmembrou seu grupo de soluções programáveis em uma empresa FPGA autônoma recuperando seu nome histórico, Altera. A Intel adquiriu a Altera por US$ 16,7 bilhões em 2015, uma das maiores aquisições na indústria de alta tecnologia na época. A nova empresa de propriedade da Intel agora opera de forma independente, com foco na expansão de sua linha de produtos.
A Altera continuará oferecendo soluções de field-programmable gate array (FPGA) em diversas aplicações, incluindo setores tradicionais como automotivo, comunicações, data centers, sistemas embarcados, indústria e aeroespacial militar, além de setores emergentes como IA, nuvem, rede e computação de ponta. A empresa será liderada por Sandra Rivera e Shannon Poulin.
Os FPGAs da Altera permitem evoluir rapidamente em padrões e tecnologias sem investimentos caros em ASICs. A Intel destaca tendências como CXL, Ethernet e 6G wireless como áreas de foco.
Os FPGAs também são úteis para IA, pois facilitam adicionar novos formatos de dados e comandos de forma eficiente. A Altera tem grande expectativa em seu FPGA AI Suite, que pode gerar propriedade intelectual otimizada com base em estruturas populares como TensorFlow e PyTorch.
Espera-se que a divisão com a Intel conceda à Altera mais independência e estimule sua expansão no mercado de FPGA. A colaboração estratégica entre Intel e Altera continuará, com a Intel Foundry produzindo chips por contrato para a empresa FPGA. Isso permitirá à Altera oferecer FPGAs produzidos em nós competitivos e garantir previsibilidade de fornecimento.
A Intel acredita que seu negócio de soluções programáveis terá mais sucesso como entidade independente. Resta saber como a Altera se sairá nos próximos anos, especialmente se fizer uma oferta pública inicial (IPO).