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A decisão terá impacto em três ações judiciais em andamento movidas por Craig Wright. (Foto: Imprensa Canadense)
Londres – O Supremo Tribunal Britânico decidiu na quinta-feira que um cientista da computação australiano não era, como alegou, o misterioso criador da criptomoeda Bitcoin.
Craig Wright afirma há oito anos que é o homem por trás de “Satoshi Nakamoto”, o pseudônimo que mascarou a identidade do criador do Bitcoin.
Sua reivindicação foi rejeitada pelo juiz James Mellor após uma ação movida pela Crypto Open Patent Alliance, uma organização sem fins lucrativos de empresas de tecnologia de criptomoedas.
A organização alegou que Craig Wright criou uma “narrativa falsa muito elaborada” e falsificou documentos sugerindo que ele era o “Satoshi” em questão. A aliança também afirmou que ele “aterrorizou” aqueles que o questionaram sobre isso.
Craig Wright, que compareceu ao início do julgamento de cinco semanas, negou as acusações.
A questão não era apenas o direito de se gabar da criação do Bitcoin, a moeda virtual mais popular do mundo: era também uma questão de direitos de propriedade intelectual.
Como Craig Wright usou sua reivindicação para impedir que os designers desenvolvessem tecnologia de “código aberto” para criptomoedas, a aliança argumentou em seu processo. A decisão impactará claramente três ações judiciais em andamento movidas por Craig Wright com base em sua reivindicação de possuir os direitos de propriedade intelectual do Bitcoin.
As origens obscuras do Bitcoin remontam ao auge da crise financeira de 2008. Um artigo escrito por uma pessoa ou grupo usando o pseudônimo “Nakamoto” explicou como a moeda digital poderia ser enviada anonimamente para todo o mundo, sem bancos ou moedas nacionais. “Nakamoto” pareceu desaparecer da paisagem três anos depois.
As especulações sobre sua verdadeira identidade correram soltas durante anos e os nomes de vários candidatos já haviam surgido quando Craig Wright conquistou o título pela primeira vez em 2016. Mas ele rapidamente voltou às sombras, alegando que não teve “a coragem” de fornecer mais informações. evidência.