A empresa Apple sofria com a desaceleração da economia chinesa, mas também com as tensões entre a China e os Estados Unidos. (Foto: 123RF)
A Apple chegou a um acordo amigável com os acionistas do grupo que o acusaram de ter feito declarações enganosas sobre a sua atividade na China em 2018, prevendo a transação o pagamento de 490 milhões de dólares norte-americanos.
Entre a primeira intimação judicial, em abril de 2019, e o anúncio do acordo, que ainda deverá ser validado por um juiz federal de Oakland (Califórnia), o caso demorou quase cinco anos para encontrar uma solução.
Os acionistas criticaram os executivos da Apple, em particular o CEO Tim Cook, por afirmarem, em novembro de 2018, que a atividade da empresa permanecia forte na China, apesar de estar a abrandar.
A empresa Apple sofria com a desaceleração da economia chinesa, mas também com as tensões entre a China e os Estados Unidos.
Questionado sobre o assunto durante uma teleconferência para apresentação dos resultados, Tim Cook garantiu que os únicos mercados emergentes em que a Apple “observou) pressão” sobre o crescimento foram a Turquia, a Índia, o Brasil e a Rússia.
“Eu não colocaria a China nesta categoria”, insistiu.
Mas no trimestre seguinte, o grupo de Cupertino (Califórnia) publicou números muito abaixo das expectativas e falhou os seus objetivos pela primeira vez desde que Tim Cook assumiu o cargo em 2011.
Além da Apple, os acionistas – sobretudo o conselho do condado britânico de Norfolk, no leste do Reino Unido – também atacaram Tim Cook e o diretor financeiro, Luca Maestri, no âmbito de uma ação de grupo.
A audiência dedicada à validação do acordo está marcada para 30 de abril.
Na Bolsa de Valores de Nova York, as ações da Apple caíam 1,18% por volta das 10h30.