A lei proposta forçaria a ByteDance, controladora do TikTok, a vender o aplicativo dentro de meses ou ele seria barrado nas lojas de aplicativos da Apple e do Google nos Estados Unidos. (Foto: 123RF)
A Câmara dos Representantes norte-americana vai voltar a analisar no sábado um projeto de lei que prevê a proibição do TikTok nos Estados Unidos se a rede social não cortar relações com a sua empresa-mãe ByteDance e, de forma mais ampla, com a China.
A medida está incluída numa série de textos que deveriam libertar fundos para Israel, Taiwan e Ucrânia – o que poderia facilitar a sua aprovação em ambas as casas do Congresso.
A lei proposta forçaria a ByteDance, controladora do TikTok, a vender o aplicativo dentro de meses ou ele seria barrado nas lojas de aplicativos da Apple e do Google nos Estados Unidos.
Também daria ao presidente dos EUA o poder de designar outras aplicações como uma ameaça à segurança nacional se forem controladas por um país considerado hostil aos Estados Unidos.
Esta proposta de lei foi fortemente criticada pela TikTok.
“É lamentável que a Câmara dos Representantes esteja a usar o pretexto de ajuda externa e humanitária significativa para mais uma vez aprovar uma proposta de proibição que violaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos”, disse à AFP um porta-voz do pedido.
O TikTok está na mira das autoridades norte-americanas há vários meses, com muitos responsáveis a acreditarem que a plataforma de vídeos curtos e divertidos permite a Pequim espiar e manipular os seus utilizadores nos Estados Unidos.
O presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou sua “preocupação” com o TikTok durante uma conversa com seu homólogo chinês, Xi Jinping, no início de abril.
A Câmara dos Deputados já havia adotado um texto em meados de março que previa a proibição da aplicação, mas o texto permaneceu desde então no limbo parlamentar.