A Administração do Ciberespaço da China forçou a Apple a inicializar uma série de aplicativos de mensagens criptografadas, como WhatsApp e Threads da Meta, bem como aplicativos de bate-papo privado Telegram e Signal, da App Store. De acordo com o Jornal de Wall Street, fontes da China afirmam que a remoção desses aplicativos de mensagens foi motivada por discussões menos favoráveis sobre o presidente da China.
A Apple alega que é obrigada a seguir as leis dos países onde opera, mesmo quando discorda. A Administração do Ciberespaço é o órgão regulador que monitora a blogosfera chinesa em busca de ameaças e discussões que possam resultar em críticas ao governo chinês.
Antes da proibição do WhatsApp e Threads na China, esses aplicativos só eram acessíveis por meio de uma Rede Privada Virtual, mas agora isso também será problemático. Aplicativos como Instagram, Facebook, YouTube e WhatsApp têm sido usados por muitos chineses para se comunicar com o mundo exterior e obter diferentes perspectivas sobre assuntos atuais.
A China agora exige que os desenvolvedores de aplicativos se registrem junto à autoridade de censura para revisar seus produtos e permitir sua disponibilidade nas lojas de aplicativos que operam no país, incluindo a App Store da Apple. A Apple expressou preocupações sobre esse processo, mas foi instruída a cumprir suas obrigações, resultando em mais de 14.000 aplicativos na lista negra na China.
Os aplicativos de mensagens criptografadas também têm sido usados para disseminar descontentamento entre os cidadãos chineses, como no caso do manifestante solitário em Pequim contra as restrições da pandemia. O Telegram é um dos aplicativos favoritos para esse tipo de comunicação e agora faz parte da seleção da App Store da Apple na China.
Daniel, redator de tecnologia da PhoneArena desde 2010, possui vasta experiência em hardware móvel, software, redes de operadoras e está interessado no futuro da saúde digital, conectividade automotiva e 5G. Além do trabalho, Daniel gosta de viajar, ler e explorar novas inovações tecnológicas, refletindo sobre as implicações éticas e de privacidade do nosso futuro digital.