Os legisladores dos Estados Unidos aprovaram recentemente um projeto de lei de desinvestimento ou proibição que forçaria a ByteDance a vender o TikTok a proprietários não chineses em seis meses, com a opção de estender o prazo por mais três meses se as negociações de venda estiverem em andamento. No fim de semana, a Câmara dos Representantes dos EUA foi ainda mais longe e votou pela proibição do aplicativo social se a ByteDance, sua controladora, não cortar relações com a China.
Se a votação do Senado sobre o projeto de lei agendada para esta semana terminar com o mesmo resultado, então o TikTok poderá ser perdido nos Estados Unidos se a ByteDance não o cumprir e não o vender, especialmente porque o presidente Joe Biden já confirmou que assinará a legislação. Em resposta à votação de sábado, um porta-voz do TikTok disse que se o Senado votar a favor da proibição, “atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos, devastaria sete milhões de empresas e fecharia uma plataforma que contribui anualmente com 24 bilhões de dólares para a economia dos Estados Unidos.” (através da BBC)
Além disso, a ByteDance afirma que “não é um agente da China ou de qualquer outro país”, e que cerca de 60% da empresa pertence a uma série de empresas de investimento globais. No entanto, é importante notar que, embora seus fundadores chineses possuam apenas 20% da ByteDance, é o controle acionário da empresa. Conforme mencionado anteriormente, 60% da ByteDance pertence a várias empresas de investimento globais, enquanto 20% pertence a funcionários.
A situação do TikTok nos Estados Unidos está cada vez mais incerta, com a possibilidade de ser proibido no país se a ByteDance não cumprir as exigências impostas pela legislação. Esta medida poderia ter um impacto significativo na economia e no setor de tecnologia, levando ao fechamento de milhões de empresas e afetando a liberdade de expressão de milhões de usuários.
É importante lembrar que o TikTok se tornou uma plataforma popular para compartilhamento de vídeos e conteúdo criativo, tornando-se uma parte integrante da vida digital de muitas pessoas. Se for proibido nos Estados Unidos, isso não apenas afetaria os usuários e empresas americanas, mas também teria repercussões em níveis globais, considerando a influência e alcance do aplicativo.
A relação entre a ByteDance e a China tem sido objeto de escrutínio, com preocupações sobre a possibilidade de a empresa compartilhar dados dos usuários com o governo chinês. Essas questões levaram a um aumento da pressão por parte dos legisladores americanos para que o TikTok seja vendido a proprietários não chineses, a fim de garantir a segurança dos dados dos usuários e proteger a liberdade de expressão.
No entanto, a ByteDance argumenta que não age como um agente da China e que a maioria de suas ações pertence a investidores globais, destacando a divisão de propriedade da empresa. A questão da propriedade e controle acionário da ByteDance será crucial nas negociações em curso sobre o futuro do TikTok nos Estados Unidos e em outros mercados globais.
À medida que o cenário político e legal em torno do TikTok continua a evoluir, é importante acompanhar de perto os desdobramentos e entender as possíveis consequências dessa situação para a economia, a tecnologia e a liberdade de expressão. A decisão final sobre o destino do TikTok nos Estados Unidos terá um impacto significativo e duradouro em múltiplos níveis, refletindo as complexidades e desafios do mundo digital e da geopolítica contemporânea.