Em outubro de 2022, a Rússia designou oficialmente o grupo americano, empresa-mãe do Facebook, Whatsapp e Instagram, como organização “terrorista e extremista”. (Foto: 123RF)
Um tribunal militar russo condenou esta segunda-feira à revelia a seis anos de prisão o porta-voz do gigante americano das redes sociais Meta, Andy Stone, acusado de “defender o terrorismo”, enquanto a empresa é classificada como “extremista” na Rússia.
Este tribunal de Moscovo decidiu “atribuir a Stone uma pena de prisão de seis anos a cumprir numa colónia penal”, disse o juiz Roman Kiforenko, citado pela agência de notícias russa Interfax.
A advogada de defesa Valentia Filippenkova disse à Interfax que apelaria da decisão. Andy Stone não mora na Rússia.
A justiça russa acusa Andy Stone de ter publicado na sua conta sobre a ofensiva na Ucrânia.
A postagem em questão, publicada em 11 de março de 2022, explicava que Meta decidiu temporariamente não considerar mensagens pedindo a “morte dos invasores russos” como uma violação de suas regras de uso.
Em novembro de 2023, a Rússia incluiu o nome de Andy Stone, diretor de comunicações da Meta, na lista de pessoas procuradas.
A Rússia designou oficialmente o grupo americano, controlador do Facebook, Whatsapp e Instagram, em outubro de 2022 como uma organização “terrorista e extremista”, abrindo a possibilidade de graves processos judiciais contra seus usuários no país.
O Facebook e o Instagram também foram bloqueados na Rússia desde o início da ofensiva na Ucrânia e são inacessíveis sem uma rede privada virtual (VPN), como o X e muitos sites de mídia críticos ao governo.
Antes da sua proibição, milhões de russos utilizavam aplicações Meta, em particular o Instagram, uma rede que continua muito popular entre os jovens do país, apesar do seu bloqueio.
Em abril de 2022, a Rússia colocou o líder do Meta, Mark Zuckerberg, na sua lista negra de pessoas proibidas de entrar no seu território.