O escândalo da EKWB, empresa especializada em refrigeração e construção de PCs personalizados, tem ganhado destaque com diversas denúncias feitas por ex-funcionários, que acusam a empresa de criar um ambiente de trabalho hostil, permeado por piadas racistas e retórica abusiva em seus escritórios nos EUA, localizados no Texas. Além disso, há relatos de que a empresa não pagava horas extras aos funcionários e prejudicava o relacionamento com fornecedores ao não efetuar os pagamentos devidos.
Na terça-feira, PCGamesN divulgou que Dan Henderson, ex-gerente de desenvolvimento de negócios/produto da EK, acusou a empresa de racismo. Em entrevista com Henderson e outros ex-membros da equipe da EKCS, braço norte-americano da empresa, foi descrito um local de trabalho caótico e tóxico.
Fundada em 2003 por Edvard Konig, a EKWB (Edvard Konig Water Blocks) tem sua sede na Eslovênia. Com escritórios em San Antonio, Texas, onde operava até recentemente, a filial dos EUA não apenas vendia componentes personalizados de refrigeração a água, mas também fabricava PCs refrigerados a água sob a marca Fluid Gaming e estações de trabalho empresariais sob o nome de Fluid Works.
Segundo relatos de Henderson e outros ex-funcionários, os gestores eslovenos desvalorizavam os funcionários americanos, os chamando de preguiçosos e estúpidos, e os culpando por problemas de gerenciamento de estoque. Falhas no sistema de inventário da empresa resultavam em dificuldades para saber a quantidade real de produtos disponíveis.
A linguagem abusiva ia além das críticas profissionais e evoluía para racismo explícito. Relatos de piadas racistas e comportamento discriminatório foram compartilhados, evidenciando um ambiente de trabalho hostil para funcionários não-brancos.
Além das questões raciais, os funcionários também enfrentavam problemas relacionados ao pagamento de horas extras devidas. Muitos relatos apontaram a redução indevida das horas trabalhadas, falta de pagamento de comissões e promessas de promoções não cumpridas pela empresa.
O CEO e Fundador da EKWB reconheceu publicamente os atrasos nos pagamentos a fornecedores e contratados, prometendo melhorias. Ainda, os funcionários apontaram condições potencialmente inseguras no ambiente de trabalho, como operação de empilhadeiras por funcionários sem licença e situações de risco no armazém.
No geral, a equipe dos EUA da EKWB demonstrava empenho em fornecer produtos de qualidade, apesar dos desafios internos enfrentados. A denúncia dos problemas visa não apenas recuperar direitos trabalhistas, mas também alertar outros profissionais sobre as condições inadequadas na empresa.
Essas revelações colocam a EKWB em uma posição delicada, sendo importante que a empresa se posicione de forma transparente e corrija as questões internas apontadas pelos ex-funcionários. A busca por um ambiente de trabalho justo e seguro é essencial para garantir o bem-estar e a produtividade dos colaboradores.