Marie-France Parisé, vice-presidente de Talento e Cultura, e Maxime Boyer, CEO da Globocam (Foto: cortesia)
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ACORDAR DE MANHÃ. Nos próximos doze meses, a Globocam pretende ajudar trinta dos seus mais de 500 colaboradores a realizar um sonho, iniciativa que pretende renovar a cada ano.
“Queremos permitir que os nossos funcionários realizem o seu potencial fora da empresa e vivam as suas vidas ao máximo”, explica o seu CEO, Maxime Boyer.
Foi a leitura do livro “Os 5 Grandes Sonhos da Vida”, obra sobre gestão escrita por John P. Strelecky, que semeou nele a pequena semente deste grande projeto. O narrador explica que seu maior recurso são os funcionários e que, para mobilizá-los, permite que eles tenham sucesso fora do local de trabalho.
“Uma empresa ganha dinheiro e isso é consequência do bom serviço prestado aos seus clientes, mas também da motivação dos seus colaboradores. Como você os mantém engajados? Ao criar emoções, esse sentimento de orgulho de ver que sua organização permite que sua equipe vivencie isso”, completa.
Dentre todos os sonhos que serão apresentados nos próximos dias, a empresa selecionará aqueles que terão mais valor aos olhos do indivíduo, como vivenciar um momento único com um ente querido doente ou completar sua primeira maratona. , e não comprar uma Ferrari, por exemplo.
“Fazemos-lhes uma série de perguntas para descrever detalhadamente o sonho, os obstáculos que encontram e que os impedem de realizá-lo e as repercussões que isso pode ter nas suas vidas”, explica Marie-France Parisé, vice-presidente Presidente de Talentos. e Cultura da rede de concessionárias de caminhões pesados.
Fonte de inspiração, os grandes sonhos que cada indivíduo acalenta são por vezes difíceis de concretizar, por falta de tempo, energia ou meios financeiros. É isso que a organização pretende fazer.
“Se pegarmos o exemplo de uma fuga para Paris com a mãe doente, a Globocam procuraria a agência de viagens, pagaria as férias e daria tempo para ela fazer isso”, diz o gerente.
Os funcionários elegíveis terão, portanto, aproximadamente uma chance em vinte a cada ano de serem selecionados, o que deverá ajudar a mantê-los. E desde que o anúncio do programa foi feito a eles, ele criou um burburinho, relata Marie-France Parisé.
“Não consigo nem imaginar como será quando começarmos a anunciar quais sonhos foram escolhidos e depois concretizá-los. Lá sentiremos todo o efeito desse projeto promissor”, antecipa.
Mecânica para testar
Nesta primeira edição, a empresa pretende selecionar projetos de colaboradores que trabalhem em período integral na Globocam há pelo menos dois anos consecutivos.
A comissão de seleção garantirá que os colaboradores de cada um dos seus 10 escritórios vejam o seu sonho realizado, que haja uma pluralidade de perfis escolhidos, ao mesmo tempo que tentará beneficiar aqueles que se preparam para se aposentar de tal oportunidade depois de tantos anos de lealdade serviço.
Dito isto, a empresa não quer “forçar as coisas”, acrescenta o seu vice-presidente de Talento e Cultura, que deixa margem para adaptar o procedimento a seguir nos próximos anos, se necessário. Colegas de outros departamentos se juntarão a ela e à sua equipe para realizar este grande projeto que provavelmente consumirá muito tempo para seus artesãos.
Sem comentar os números, Maxime Boyer reconhece que será um projeto ambicioso.
Inspire sua indústria
Atuando em um setor pouco elogiado por suas inovações na gestão de recursos humanos, a Globocam quer romper com os padrões, ousar ir além dos tradicionais benefícios sociais e permitir que seus colaboradores cresçam, mas não apenas no nível profissional.
“Num determinado momento, há um limite na lista de benefícios sociais”, indica Marie-France Parisé. Nos últimos anos, fizemos mais do que trabalhar no funcionário, nos interessamos pela família dele. É por isso que oferecemos bolsas de estudo aos seus filhos para pagar a educação pós-secundária.”
Realizar os sonhos dos colaboradores é o próximo passo rumo a esta aspiração da organização e pretende incentivar outras empresas a seguirem o exemplo.
“Seria o meu sonho de vida mobilizar empresários que têm um grande impacto na economia do Quebeque para embarcarem”, admite Maxime Boyer, que já sente o interesse de outros intervenientes na indústria.
Nos próximos meses, a Globocam pretende até criar um movimento, e desafiar os empregadores da província a ousarem cuidar da sua equipa de forma diferente, para além dos tradicionais salários e benefícios.
“Nossos funcionários são o pulmão da economia”, lembra o chefão.