O que você precisa saber
- A Microsoft está tentando adquirir a Activision-Blizzard para Xbox, conhecida por jogos como Call of Duty e World of Warcraft.
- O processo regulatório é cansativo, com a UE, a FTC dos EUA e a CMA do Reino Unido citando preocupações.
- Os principais sindicatos e organizações comerciais aparentemente apoiam o acordo, agora incluindo o EGDF, que representa as principais associações comerciais nacionais em todo o bloco.
Em uma boa notícia para as esperanças de aquisição da Microsoft, uma importante federação comercial na Europa deu seu apoio ao acordo com a Activision Blizzard.
A Microsoft pretende adquirir a Activision Blizzard King, conhecida por jogos como Call of Duty, Warcraft e Candy Crush Saga. A Microsoft pretende pagar US$ 69 bilhões pelo acordo, o que levaria os acionistas a obter retornos maciços, ao mesmo tempo em que daria ao Xbox o controle exclusivo sobre o futuro da mega editora.
A Sony e outras empresas reclamaram do acordo, citando sem evidências a possibilidade de a Microsoft reter Call of Duty de plataformas concorrentes, apesar do fato de o Xbox ter se comprometido por escrito a manter o acesso multiplataforma para Call of Duty e outros títulos.
A FTC dos EUA, a CMA do Reino Unido e a União Europeia estão debatendo se devem ou não deixar o acordo prosseguir agora, enquanto os reguladores aumentam a supervisão das chamadas empresas de “grande tecnologia” após anos de regulamentação indiferente supervisionando Amazon, Google , e Meta, todos multados por abusos de vários tipos. A Microsoft também entrou em conflito com os reguladores no final dos anos 90 na chamada “guerra do navegador”, que viu a Microsoft forçada a oferecer navegadores concorrentes contra o Internet Explorer.
Apesar das preocupações, a Microsoft conquistou o apoio de vários sindicatos em todo o mundo por sua simpatia em relação à autodeterminação dos funcionários. A Microsoft se tornou a primeira das grandes empresas de tecnologia a reconhecer uma união de desenvolvedores de jogos em larga escala, encontrada no departamento de controle de qualidade da ZeniMax. Para esse fim, uma importante federação comercial europeia também apoiou o acordo, de acordo com um relatório da MLex (via IdleSloth).
O EGDF, entretanto, também alegou que a Microsoft “respeitou de forma inconsistente as garantias” de fornecer conteúdo adquirido em outras plataformas, sem citar um exemplo. A FTC também fez a mesma afirmação, mas foi rejeitada pela União Européia, que observou que a Microsoft nunca realmente ofereceu garantias de impedir que os próximos jogos do Xbox da ZeniMax, como Starfield ou Elder Scrolls VI, atinjam outras plataformas. A única vez que a Microsoft se comprometeu publicamente a continuar a oferecer suporte a outras plataformas foi na forma de jogos de serviço que já existiam em outras plataformas, como Fallout 76, Elder Scrolls Online e Minecraft, todos com suporte total no PlayStation até hoje.
De qualquer forma, o fato de outra grande aliança comercial estar oferecendo influência ao acordo da Microsoft é, sem dúvida, um impulso para suas perspectivas. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, também comentou recentemente sobre o acordo com o WSJ (através da Tom Warren): “Se você acredita em competição, deveria acreditar neste acordo. Espero que as autoridades de concorrência se concentrem mais na competição e esse seria um bom dia.”