À medida que se aproxima o início do novo ano letivo nos estabelecimentos de ensino superior, estes professores carecem de ferramentas de inteligência artificial. (Foto: 123RF)
Com a inteligência artificial ocupando cada vez mais espaço, professores e docentes universitários do CEGEP precisam de capacitação nessa área, acredita a presidente da CSN, Caroline Senneville.
À medida que se aproxima o início do novo ano letivo nos estabelecimentos de ensino superior, estes professores carecem de ferramentas ao nível da inteligência artificial, para detetar o plágio no trabalho, por exemplo, mas também para se sentirem mais à vontade numa área em plena evolução.
A inteligência artificial não é apenas um inconveniente em potencial, mas também pode ser uma ferramenta educacional interessante, argumentou ela em uma entrevista. “Estamos diante de muitas incógnitas.”
“O que faz um professor, por exemplo, que passa o trabalho de um aluno por esse software de reconhecimento e o software diz a ele “na minha opinião, 60% do trabalho vem da inteligência artificial”? Isso significa que eu dou a ele 60% da nota que ele deveria ter? pergunta a Sra. Senneville.
Além da formação, acredita que um guia de boas práticas nesta área também seria uma boa ideia.
E a ideia de tornar professores de ciência da computação ou professores mais versados nesse tipo de tecnologia mentores para seus pares também sorri para ele. Eles seriam dispensados de duas ou três aulas e poderiam servir como recursos humanos para o departamento, ela sugere.
E ela quer que os professores universitários tenham acesso ao mesmo treinamento e aos mesmos recursos.
É preciso treinar melhor, orientar, mas com moderação, porque os professores valorizam sua autonomia profissional e não querem que tudo seja ditado pelo ministério, explica.
Esses professores querem uma comissão de trabalho sobre o assunto da qual eles possam participar.
A Sra. Senneville lembra que o Ministério da Educação Superior realizou um dia de reflexão sobre o assunto, em meados de maio. “Já foi um bom primeiro passo, mas desde então esperamos um pouco: há um cronograma para a obra? Existe um plano de jogo? O que gostaríamos de ter é um comitê permanente”, explicou.
Lia Levesque, The Canadian Press