Menos quebequenses com idades compreendidas entre os 60 e os 69 anos trabalham do que os seus homólogos da OCDE.
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ACORDAR DE MANHÃ. Para dar um impulso às organizações sobrecarregadas pela escassez de mão-de-obra, a Ordem dos Conselheiros Certificados de Recursos Humanos (CRHA) está a lançar uma série de ferramentas para atrair e reter trabalhadores experientes.
Este kit é fruto de quase um ano de trabalho, explica seu maestro, Bruno Dupuis.
“As diversas organizações socioeconómicas e o governo estão a tentar chegar a grupos de trabalho distantes do mercado de trabalho. Realizamos projetos para estimular o seu interesse, mas também para sensibilizar os empregadores para que recorressem a eles, afirma o diretor de projetos do Carrefour RH. Ainda não tínhamos pensado em trabalhadores experientes.”
Na verdade, os quebequenses com idades entre 60 e 69 anos são menos numerosos do que os seus homólogos de Ontário no mercado de trabalho. A sua taxa de actividade atingiu 39% em 2021, enquanto na província vizinha é de 46%. O Instituto de Estatística do Quebec, no entanto, sublinha que tem vindo a aumentar constantemente desde 2001.
“Em média, na OCDE, essa taxa chega a 42,4%. No entanto, não conseguimos encontrar dados científicos que expliquem as razões exatas pelas quais observamos tal lacuna”, indica Bruno Dupuis.
Porém, eles não são menos ativos por tudo isso. Num dos vídeos contidos no kit divulgado pela Ordem do CRHA, especifica-se que o número de horas de voluntariado realizadas por estas pessoas corresponde anualmente a 131.400 empregos a tempo inteiro.
“Trabalhadores experientes raramente reingressam no mercado de trabalho por questões financeiras”, indica a apresentadora dos vídeos incluídos no kit, a CRHA e consultora da Axxel RH, Annie Lebeau. Em vez disso, fazem-no para quebrar o isolamento, satisfazer a sua necessidade de realização e dar um contributo.”
Em parte, é também por isso que o voluntariado é tão popular.
Quebre tabus
Composta por 10 guias e três vídeos, a ferramenta centra-se tanto nas boas práticas a adotar para apoiar o regresso dos trabalhadores ao mercado de trabalho como nos elementos das políticas de gestão a ajustar para os proteger adequadamente.
Porque para aumentar a taxa de atividade desta força de trabalho, “as empresas têm de se adaptar à sua situação”, explica Bruno Dupuis. E isso vale também para reter, reter e atrair esses trabalhadores. “E muitas vezes as pessoas não sabem como fazê-lo”, observou ele após grupos focais organizados com gestores e empregadores.
Além de desconstruir preconceitos, os documentos respondem às suas dúvidas e, de acordo com o feedback preliminar, acertaram no alvo, relata o diretor de projetos do Carrefour RH.
“Quando lutamos para recrutar, temos que olhar quem compõe nossa força de trabalho. Se percebermos que é homogêneo, isso deveria nos dizer que precisamos extrair recursos de outras bacias. As empresas precisam manter a mente aberta e mudar a forma como contratam, como abordam os candidatos e como apresentam sua posição”, incentiva.