Em outubro de 2022, a Rússia designou oficialmente o grupo americano, empresa-mãe do Facebook, Whatsapp e Instagram, como organização “terrorista e extremista”. (Foto: 123RF)
Um tribunal russo indiciou esta segunda-feira Andy Stone, porta-voz do gigante americano das redes sociais Meta, à revelia e ordenou a sua detenção, acusando-o de “promover atividades terroristas”, enquanto a empresa é classificada como “extremista” na Rússia.
“O tribunal deferiu o pedido do investigador, optando por uma medida de coação sob a forma de prisão preventiva em relação a Andy Mark Stone”, que não se encontra na Rússia, indicou a porta-voz do tribunal, Olga Nazarova, citada pelo jornal russo agência de notícias Interfax.
Ele é acusado de ter “encorajado atividades terroristas usando sua posição oficial”, crime punível com 20 anos de prisão, disse o tribunal.
No domingo, o Ministério do Interior russo incluiu o nome de Andy Stone, diretor de comunicações da Meta, na lista de procurados.
A Rússia designou oficialmente o grupo americano, controlador do Facebook, Whatsapp e Instagram, em outubro de 2022 como uma organização “terrorista e extremista”, abrindo a possibilidade de graves processos judiciais contra seus usuários no país.
O Facebook e o Instagram também foram bloqueados na Rússia desde o início da ofensiva na Ucrânia e são inacessíveis sem uma rede privada virtual (VPN), como o Twitter e muitos sites de mídia críticos ao governo.
Antes da sua proibição, milhões de russos utilizavam aplicações Meta, em particular o Instagram, uma rede que continua muito popular entre os jovens do país, apesar do seu bloqueio.
Em abril de 2022, a Rússia colocou o líder do Meta, Mark Zuckerberg, na sua lista negra de pessoas proibidas de entrar no seu território.