O governo japonês implementou regras rigorosas para empresas que recebem subsídios no setor de semicondutores e outros setores de alta tecnologia, conforme relatado por Nikkei. Estas regras visam evitar que tecnologias importantes vazem para outros países, principalmente a China e a Rússia. Esta abordagem é semelhante à adotada pelos Estados Unidos com os subsídios da Lei CHIPS.
Empresas que recebem subsídios relacionados aos semicondutores do governo japonês terão que restringir o acesso a informações sensíveis por parte do pessoal e ter pessoal autorizado a assinar acordos de confidencialidade. Estas medidas, delineadas pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, visam diminuir as chances de detalhes tecnológicos importantes serem inadvertidamente compartilhados com empresas ou países fora do Japão. O principal objetivo é manter tecnologia de alto valor no Japão, o que é considerado crucial para a força econômica do país.
Empresas que recebem subsídios do governo japonês incluem multinacionais como Micron e TSMC, bem como a Rapidus, uma startup de fundição japonesa que colaborará tanto com a IBM quanto com parceiros europeus em novas tecnologias de processos. Ainda não está claro como as restrições japonesas afetarão as operações dessas empresas no país, especialmente no campo da pesquisa e desenvolvimento.
Nos Estados Unidos, empresas que recebem subsídios para suas fábricas no país não podem expandir suas fábricas em determinados países, como China e Rússia. Elas também não podem se associar a empresas que possam representar problemas de segurança. Se não seguirem essas regras, terão que devolver o dinheiro do subsídio.
O Japão está empenhado em trazer de volta a produção de lógica avançada para o país, bem como melhorar sua capacidade em supercomputadores. Como resultado, o governo está disposto a subsidiar empresas de semicondutores e outras empresas de alta tecnologia. Com dezenas de bilhões de dólares em jogo, o país está se tornando mais protetor em relação a seus avanços tecnológicos.