Você às vezes sente que as armadilhas que encontra no trabalho prejudicam sua auto-estima? (Foto: 123RF)
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ACORDAR DE MANHÃ. Você às vezes tem a impressão de que as armadilhas encontradas durante o seu 9@5 estão prejudicando sua auto-estima? Que a falta de interesse de um colega ou mesmo um feedback menos positivo do que o habitual prejudica significativamente o resto dos seus dias?
Sentir-se alvo ou cutucado no trabalho não é sinal de fraqueza, diz Melody Wilding, assistente social e treinadora americana. Segundo o autor do livro “Confie em si mesmo: pare de pensar demais e canalize suas emoções para o sucesso no trabalho”, isso é um sinal de que você se sente investido em seu trabalho.
“Passamos quase um terço das nossas vidas no trabalho, por isso não é surpreendente que seja uma faceta determinante das nossas identidades”, observa ela num comunicado. artigo publicado na Harvard Business Review.
O problema é que quando o desempenho se torna praticamente sinônimo de autovalor, a menor armadilha tem consequências significativas no bem-estar.
Ao longo dos anos, Melody Wilding listou cinco estratégias que nos permitem dar um passo atrás para desvincular parcialmente o valor que atribuímos ao nosso desempenho, para que o trabalho não consuma mais tanto.
E começa com “aproveitar a onda de suas emoções”. Por exemplo, quando você se sente rejeitado quando um colega não presta tanta atenção à apresentação que você está fazendo, desde que não demonstre incivilidade, seu cérebro se sente atacado.
Para (re)ler: Recursos humanos: incivilidade, um mal sorrateiro está à espreita da sua empresa
Esta “ameaça” faz com que as pessoas experimentem uma série de emoções negativas, que vão da ansiedade à raiva. O truque é reconhecê-los, acolhê-los, sem deixar que ditem suas ações. O coach recomenda reservar alguns momentos para “desligar-se desta emoção”, por exemplo, lembrando-se de que ela não o define.
“Você cria um espaço entre o estímulo (o evento desencadeador) e sua resposta, o que lhe permite agir de forma construtiva”, escreve ela.
Não conclua levianamente
Se você tende a internalizar, por exemplo, a reação passiva ou negativa de um colega de equipe, para concluir que sua contribuição não é desejada, Melody Wilding aconselha que você reserve alguns momentos para analisar essa conclusão.
Uma infinidade de razões pode explicar um comentário, lembra ela. Por isso ela recomenda tentar esclarecer que essa era a intenção de quem o emitiu antes de inferir que seu valor está manchado aqui.
Você poderia, em particular, dizer a ela que “você pode ter entendido mal os comentários dela, mas que lhe pareceu que ela tinha reservas”, e que gostaria que ela o esclarecesse, ou explicasse abertamente como você interpreta a reação deles, e você querem entender melhor seu ponto de vista.
Dessensibilize-se ao desconforto
O coach também sugere aprender a vivenciar emoções negativas, como o medo do fracasso, para ficar “imune” a ele, ou pelo menos “para aumentar a tolerância” em relação a ele. O segredo é tomá-lo em pequenas doses e num ambiente controlado, por exemplo, voluntariando-se para praticar uma habilidade recém-adquirida.
“Ao fazer isso, você contribui para remodelar sua identidade: ao correr riscos e se superar, você não se perceberá mais como alguém fraco ou frágil, mas como uma pessoa que está à altura da tarefa”, afirma She.
Aprenda com os fracassos
Quando você falha ou um cliente está insatisfeito com seu trabalho, não é incomum ver isso como um golpe em sua autoestima. Em vez de desanimar, Melody Wilding recomenda que você tente identificar a lição que pode aprender com esse atoleiro.
Ela também sugere que você reconheça o que pode fazer agora para corrigir a situação. Você então tentará encontrar uma solução e agirá, em vez de se perguntar por que algo assim está acontecendo com você.
Dramatize a situação
“Na maioria das vezes, a reação negativa de uma pessoa se deve à sua imaturidade emocional, e não a algo que você disse ou fez”, afirma o coach.
Ela relata que para diminuir a influência que tal comportamento pode ter em sua autoestima, seus clientes tendem a imaginar que seu interlocutor tem a aparência de uma criança assustada, ou uma voz engraçada quando diz coisas que magoam.
Isso permite que eles mudem de postura, para não se sentirem mais magoados, mas sim para demonstrarem empatia por eles.