Novas descobertas sobre supercondutividade à temperatura ambiente
Duas equipes independentes de pesquisadores provenientes de diversas universidades na China e no Japão publicaram novos resultados sobre o LK-99 que aparentemente confirmam a presença de supercondutividade à temperatura ambiente. O artigo conjunto foi carregado no servidor de publicações científicas pré-impressas da Cornell, Arxiv, e descreve uma formulação ligeiramente diferente da fórmula LK-99 original, sugerindo a presença do efeito Meissner à temperatura ambiente.
O efeito Meissner é apenas uma das razões pelas quais o artigo é importante, juntando-se a outras pesquisas e atualizações de patentes que afirmam a capacidade de supercondutividade do LK-99. Ambas as equipes utilizaram processos distintos de síntese e análise para fabricar amostras que alegam apresentar o efeito Meissner em temperaturas de até 300 K (26,85 ºC).
As equipes utilizaram métodos como síntese de estado sólido e ressonância paramagnética eletrônica para avaliar o comportamento magnético das amostras. Os resultados mostraram que o comportamento observado é consistente com o esperado de um supercondutor à temperatura ambiente e pressão ambiente.
As amostras fabricadas, modificadas de apatita de chumbo dopada com cobre, possuem uma formulação química ligeiramente diferente da receita original, o que sugere que parte do problema com a replicação do comportamento supercondutor do LK-99 pode ter resultado de substituições ineficazes de elementos durante o processo de fabricação.
Resultados e discussão
Ao estudar a magnetização das amostras em função da temperatura, as equipes foram capazes de traçar o comportamento das amostras quando submetidas a um campo magnético externo enquanto resfriadas em diferentes níveis de temperatura. Os resultados sugerem a presença do efeito Meissner em temperaturas de até 300 K, o que é consistente com um supercondutor de temperatura ambiente e pressão ambiente.
O processo de fabricação das amostras foi descrito como meticuloso, envolvendo o aquecimento de uma solução de fosfato e sulfeto de chumbo sob altas pressões, seguido pela calcinação das amostras em atmosfera de oxigênio puro. A viabilidade das amostras ainda é um desafio devido à alta porcentagem de material não supercondutor misturado com os bits supostamente supercondutores, o que pode levar a resultados duvidosos mesmo após testes.
Apesar de alguns desafios no processo de fabricação, as equipes afirmam que as amostras fabricadas seguindo o método mais conhecido atualmente tendem a apresentar comportamento de supercondutor Tipo II, onde apenas um pequeno subconjunto da substância apresenta supercondutividade. A esperança é que a receita de sintetização melhorada permita agora que outros investigadores repliquem estes resultados.
Conclusão
O artigo ressalta a importância das novas descobertas sobre a supercondutividade à temperatura ambiente e pressão ambiente, e aponta para a possibilidade de avanços significativos na área. Ainda há desafios a serem superados no processo de fabricação, mas as equipes estão otimistas em relação ao potencial impacto dessas descobertas.
As equipes de cientistas acreditam que as melhorias na sintetização das amostras podem ajudar a esclarecer as dúvidas e reproduzir os resultados em pesquisas futuras. No entanto, o artigo também destaca a importância de continuar a investigação sobre o LK-99 e suas propriedades supercondutoras, destacando a complexidade e o potencial impacto dessas descobertas para a física da matéria condensada.