A NuraLogix afirma que graças à sua tecnologia óptica e programas de inteligência artificial, seu espelho pode avaliar riscos de doenças como o diabetes tipo 2. (Foto: 123RF)
Startups de todo o mundo em busca de mercados para seus protótipos e inovações alimentadas por inteligência artificial (IA), de espelhos conectados a carrinhos elétricos, estão desde domingo na CES, a feira anual de tecnologia que acontece em Las Vegas.
Peças escolhidas em prévias para a imprensa, antes da abertura oficial, na terça-feira.
Espelho, meu lindo espelho… Me diga quem é o mais saudável!
Chamado de “MagicMirror”, o espelho conectado do NuraLogix escaneia o rosto de Lindsay Brennan e determina, em questão de segundos, seu índice de massa corporal, sua pressão arterial e até mesmo seu “índice de estresse mental”, calculado a partir da frequência cardíaca.
“Dá para perceber que o meu está um pouco alto, estou quase no amarelo”, observa o gerente de marketing da empresa canadense, apontando para o indicador exibido no espelho. “É por causa da CES”, ela brinca.
A NuraLogix afirma que, graças à sua tecnologia óptica e programas de inteligência artificial, o seu espelho pode avaliar riscos de doenças como a diabetes tipo 2.
“Tudo começou com pesquisadores da Universidade de Toronto, que trabalhavam na detecção de mentiras em crianças”, diz Lindsay Brennan.
“Eles perceberam que quando estamos excitados ou tensos, o fluxo sanguíneo muda no rosto, e podemos capturar essas mudanças com câmeras.”
Espera-se que o espelho custe pouco menos de US$ 70 mil (US$), e a Nuralogix também planeja vender o software separadamente.
“Queremos vender para estabelecimentos, para hospitais para suas salas de espera, farmácias ou centros de convivência, qualquer local que tenha interesse em oferecer esse tipo de exame de saúde”, especifica o gestor.
Implante para andar novamente
O implante cerebral concebido pelo centro de investigação biomédica da Comissão de Energia Atómica (CEA), com sede em Grenoble, deverá permitir que pessoas paralisadas voltem a andar.
Equipada com eletrodos, essa “interface cérebro-máquina” é instalada em contato direto com o córtex motor de um paciente paraplégico ou tetraplégico.
No primeiro caso, os dados coletados pelo implante são transferidos sem fio para um conector preso à medula espinhal, abaixo da lesão paralisante. Basta então o paciente pensar em caminhar para que a informação passe para o conector e depois para as pernas.
“É uma ponte digital”, explica Guillaume Charvet, chefe do programa de pesquisa do CEA, à AFP.
No segundo caso, o implante comunica-se com um exoesqueleto que realiza os gestos comandados pelo paciente.
Com um conector colocado no antebraço, ele pode, por exemplo, permitir que você segure um objeto com a mão.
“Um ensaio clínico será iniciado em breve”, afirma Charvet, sublinhando que ainda são necessários cinco a dez anos de investigação.
Mas os pacientes voluntários participam do desenvolvimento há vários anos.
“O objetivo é que esteja na mesma faixa de preço de um marca-passo”, acrescenta.
Carrinho automático
“É o primeiro carrinho elétrico com todas as opções de conforto e segurança de IA”, garante Jeffrey To, engenheiro da Glüxkind.
O carrinho motorizado e com IA pretende facilitar a complicada vida dos pais, como um “copiloto”, explica.
A assistência elétrica permite subir a ladeira sem suar e os freios são acionados automaticamente se você largar o carrinho.
“Ele desacelera e para, então não há risco do carrinho se deixar levar e sair sozinho”, continua o engenheiro, com uma demonstração para comprovar.
“Ele reconhece humanos, animais, patinetes, bicicletas, veículos que podem não parar e dá um aviso extra aos pais. Os pais privados de sono têm, portanto, assistência diária à condução”, sublinha Kevin Huang, cofundador da empresa canadiana.
Quando os pais ativam a função “Balance meu bebê”, o carrinho se move para frente e para trás uniformemente, como se o adulto o estivesse empurrando para frente e para trás para ajudar a criança a se movimentar.
“Também existem alto-falantes integrados que podem reproduzir histórias, música ou ruído branco”, diz Jeffrey To.
A Glüxkind espera iniciar a produção na primavera deste ano e vendê-lo por cerca de US$ 2.400.