Um dos aplicativos mais populares do mundo, o TikTok, tem enfrentado críticas constantes e até pede seu banimento. A última mudança do aplicativo chinês está novamente levantando as sobrancelhas.
A ferramenta, conhecida como Creative Center, era um método público raro para rastrear a popularidade de hashtags. Oferecia dados a anunciantes e outros. Pesquisadores do Network Contagion Institute da Rutgers utilizaram sua função de pesquisa para rastrear “confidencial“hashtags relacionadas aos interesses do governo chinês. A comparação entre o TikTok e o Instagram levou à conclusão de que muitos”confidencial“Os tópicos foram significativamente menos representados no TikTok.
Seguindo o relatório, o TikTok removeu discretamente o recurso de pesquisa do Creative Center. A empresa citou o uso indevido da ferramenta, dizendo que “infelizmente, alguns indivíduos e organizações utilizaram indevidamente a função de pesquisa do Centro para tirar conclusões imprecisas, por isso estamos alterando alguns dos recursos para garantir que ela seja usada para a finalidade pretendida.”
Esta medida aumenta a tensão crescente entre as empresas de redes sociais e os investigadores que se aprofundam em temas como a desinformação. O TikTok, assim como o Meta e o X (antigo Twitter), tem enfrentado desafios com pesquisadores que estudam a propagação de conteúdo.
A decisão de cortar esta ferramenta levanta questões sobre a vontade do TikTok de colaborar com investigadores, especialmente no contexto de um maior escrutínio sobre as suas políticas de conteúdo e sobre o tratamento de questões relacionadas com a guerra Israel-Hamas, por exemplo. A falta de transparência preocupa os pesquisadores com a abordagem da empresa.
A pressão até gerou discussões em Washington sobre a possibilidade de proibir o aplicativo ou forçar sua venda a uma empresa americana – embora esta última opção pareça improvável. A TikTok se defendeu afirmando que o governo chinês não tem influência sobre o aplicativo e criticando a pesquisa por usar um “metodologia falha.”
A conversa mais ampla também envolve a transparência das plataformas de mídia social. Os especialistas defendem regulamentações que exijam que as plataformas partilhem dados com investigadores externos, enfatizando a necessidade de evitar deixar as decisões de transparência apenas nas mãos das plataformas.