De acordo com Bloomberg, a China importou quase US$ 40 bilhões em equipamentos e máquinas semicondutores em 2023, representando um aumento de 14% em relação ao ano anterior. Apesar de uma queda geral nas importações, o significativo aumento dessas importações reflete o empenho da China em alcançar a auto-suficiência na produção de chips, mesmo ainda dependendo do Ocidente.
Dados preliminares de 2023 mostram um gasto significativo da China em importação de ferramentas de semicondutores, chegando a US$ 5 bilhões apenas nos meses de junho e julho, representando um aumento de 70% em comparação com o mesmo período de 2022. Embora os EUA tenham imposto sanções para impedir a China de importar ferramentas de ponta, as fundições chinesas encontraram maneiras de adquirir equipamentos que normalmente não teriam permissão para usar.
As importações dos Países Baixos, em especial, aumentaram e, em dezembro, chegaram a quase 1.000% a mais do que no ano anterior. Isso se deve em grande parte ao fato de os Países Baixos abrigarem importantes fabricantes de equipamentos semicondutores, como a ASML. Embora a Holanda tenha imposto restrições às empresas chinesas no ano anterior, essas restrições só entraram em vigor em 1º de setembro.
Apesar da economia chinesa não estar em sua melhor forma, tendo registrado queda de 5% em todas as importações em relação a 2022, a China está investindo bilhões em importações na busca pela autonomia na produção de chips. No entanto, a dependência em equipamentos produzidos no ocidente ainda é evidente.
Apesar desses desafios, os esforços da China em produzir seus próprios chips trazem benefícios econômicos significativos, como redução de custos e capacidade de incorporar tecnologia específica do país. A China já está direcionando seus esforços para alcançar ainda mais auto-suficiência na produção de chips.