De acordo com um relatório, o governo dos EUA não ampliará as restrições de exportação de semicondutores para a China para “chips maduros ou legados”. Uma entrevista com o Secretário Adjunto de Administração de Exportações foi realizada pelo Nikkei.
No evento de imprensa na embaixada dos EUA em Tóquio, Thea D. Rozman Kendler, em sua posição como Secretária Adjunta para Administração de Exportações, afirmou que não havia interesse em expandir as restrições de exportação além de chips maduros ou legados. Essa decisão foi tomada após considerações em dezembro, quando o Departamento de Comércio discutiu impor sanções aos processadores legados, devido à preocupação com a concorrência com chips baratos da China.
Após uma extensa pesquisa de mais de 100 empresas em diversos setores, o Departamento de Comércio optou por não impor sanções aos chips legados, pelo menos por enquanto. Kendler explicou que o objetivo era limitar os controles de semicondutores para proteger apenas a segurança nacional, evitando danos colaterais significativos.
A decisão do Departamento também considerou a dependência dos EUA em chips fabricados na China, garantindo resiliência na cadeia de abastecimento. Isso significa que as sanções dos EUA atualmente se aplicam apenas a silício que utiliza tecnologia mais avançada, sem afetar os processadores simples, mas essenciais, utilizados em uma variedade de dispositivos. A Nvidia, por exemplo, teve que modificar suas GPUs duas vezes para se adequar às restrições legais. Enquanto outras sanções visam impedir a China de obter tecnologia ocidental para produzir chips de 7 nm ou menos, a SMIC da China está desenvolvendo seus próprios nós de 5 nm e 3 nm, o que poderia criar um desafio para as sanções dos EUA.