A empresa deve ser flexível quanto ao meio escolhido para realizar a entrevista, seja presencial, por videoconferência ou por telefone. (Foto: LinkedIn Sales Solutions para Unsplash)
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RÉVEIL-MATIN. Os processos de recrutamento convencionais podem perder grandes talentos pela simples razão de que não são adequados para pessoas neurodivergentes.
Isso é de acordo com o Conference Board of Canada, um centro de pesquisa econômica, que tentou determinar como tornar os locais de trabalho mais inclusivos para esse grupo de trabalho subexplorado.
“Por exemplo, apenas 33% dos adultos [ayant un trouble du] espectro do autismo tinha um emprego em 2017, em comparação com 79% dos adultos neurotípicos, de acordo com o relatório intitulado Quebrando Barreiras: Melhorando a Experiência no Local de Trabalho para Neurodivergentes Canadenses publicado em março de 2023.
Um dos principais entraves ao seu desenvolvimento são os preconceitos inconscientes que persistem em relação a eles, principalmente no que diz respeito à sua forma de se comunicar, conforme puderam observar durante sua investigação.
A situação é tal que metade dos neurodivergentes pesquisados prefere evitar mencionar sua diferença por medo de que isso prejudique sua progressão na carreira ou os impeça de conseguir um emprego, diz um deles no documento de vinte páginas.
Esses trabalhadores falam e pensam de forma diferente das pessoas neurotípicas, diz o Conference Board. Se é um trunfo para sua equipe, também pode causar problemas para os principais stakeholders se seu gerente ou seus colegas não souberem como se comunicar.
Assim, uma pessoa imprudente poderia, por exemplo, receber uma observação brutalmente honesta. “Seus comentários às vezes podem ser vistos como negativos, rudes ou prejudiciais para os outros”, diz.
Essa maneira única de se comunicar pode, portanto, afetar significativamente seu desempenho durante uma entrevista de emprego, especialmente se a pessoa que conduz a entrevista não estiver familiarizada com esse estilo.
Chaves para adaptar o processo de contratação
Segundo o Conference Board of Canada, a solução não é forçar os neurodivergentes a se adequarem ao molde neurotípico, mas sim garantir que os locais de trabalho sejam mais inclusivos, assim que houver uma oferta de emprego.
Na redação, devem ser evitadas expressões que a organização qualifique como “ambíguas”, como procurar candidatos que “se misturem bem com o restante da equipe”.
A empresa deve ser flexível quanto ao meio escolhido para realizar a entrevista, seja presencial, por videoconferência ou por telefone. Além disso, sugere-se encaminhar previamente as perguntas que serão feitas.
Recomenda-se comunicar “da maneira mais simples possível”, sem recorrer a metáforas ou outras figuras de linguagem. Assim, questões abstratas como “se você fosse uma árvore, que tipo você seria?” devem ser evitados.
Os candidatos neurodivergentes também devem ter a oportunidade na entrevista de emprego para demonstrar a extensão de suas habilidades técnicas, acrescenta o Conference Board. Afinal, a empresa deveria estar mais interessada na capacidade dessa pessoa de entregar as mercadorias do que em se dar bem com o restante da equipe.
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